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Foto do escritorLuize Minotto

COMPARTILHANDO EXPERIENCIAS | Vamos vindimar?


Olá! Eu sou Luize do @diariodebordolm e primeiro quero dizer que eu fiquei muito feliz com o convite do blog para contar um pouco sobre a minha experiência nas vindimas em Portugal.

A época de vindimas não tem data fixa, depende muito de como foi o clima do ano, mas sempre acontece entre agosto e setembro. Esse ano eu soube que no Alentejo já começou em meados de agosto, seguindo agora em setembro. A minha experiência na vindima do Vale do Rio Douro foi em setembro de 2018. Lá eu fiquei sabendo que foi um ano com a estação chuvosa muito boa para o desenvolvimento das uvas e que a safra seria próspera e com ótimos vinhos!


As vindimas são extremamente concorridas, foi bem difícil conseguir uma data na época da minha viagem e poucas quintas ainda tinham disponibilidade. Eu que estou acostumada a viajar sem nenhum roteiro, tive que encaixar a vindima nas datas disponíveis. Por causa disso, todo meu “planejamento” já havia começado no Brasil.


Dica #1 – Viajar sem roteiro é libertador! Você aproveita e curte muito mais os lugares, pois não tem compromisso com horários e roteiros. Você vive a cidade sem pressa! Mas algumas vezes é necessário um pouquinho de planejamento… 😉


Voltando as vindimas… Com o contato das quintas – pesquisa feita na internet – eu liguei para todas elas até conseguir uma disponível com vagas ainda, no meu caso foi a Quinta da Pacheca, na região de Lamego.


Dica #2 – Do Brasil, foi muito mais prático e barato fazer as ligações para Portugal com o aplicativo Skype para celular. A ligação é de ótima qualidade e eu paguei algo em torno de R$ 0,38 centavos o minuto.


Desde o contato por telefone até a chegada à quinta, o atendimento da equipe da Pacheca é excelente! Todos são muito atenciosos e adoram nós brasileiros! Fiz a vindima com um grupo de brasileiros, portugueses e ingleses. A Carla que nos guiou nessa experiência, é uma pessoa muito divertida, o que tornou tudo ainda mais especial.


Na chegada já recebemos o uniforme e o chapéu para colheita, como também o balde para as uvas, a tesoura e instruções de corte. Todos prontos e arrumados, conhecemos um pouco da estrutura da quinta, lagares e barris de fermentação e fomos para o café da manhã! Uma mesa posta ao ar livre, na paisagem da Quinta da Pacheca, com muito vinho e sardinha assada para trabalharmos na lavoura!




Depois do “pequeno almoço” fomos para as terras onde seriam colhidas as uvas e para mim foi a parte mais legal da vindima! Até reclamei que foi pouco tempo e poderíamos ter ficado mais… o sol estava muito forte, mas tínhamos chapéu e estava tudo certo! Colher a uva com as próprias mãos, cortá-la no pé, ver o tamanho dos cachos é muito prazeroso! Também podemos experimentar a uva direto da vinha! São tão docinhas!




Dica #3 – No Douro também aprendi que podemos comer a uva na própria vinha, mas só coma as uvas que estiverem à sombra no momento. A uva que está no Sol vai te dar dor de barriguinha!


Alguns funcionários da Pacheca estavam lá, conversaram conosco, contaram como é a rotina da vinha durante o ano, as podas e as adubações, e deram muitas dicas de como deveríamos colher naquele momento.




Colocamos toda nossa produção dos baldes no caminhão e seguimos de volta à Quinta da Pacheca. Lá já estávamos sendo esperados por um trio com músicas típicas portuguesas e um cantor muito simpático para alegrar a pisa! Mas antes de entrar no lagar ganhamos um short para usar sem estragar nossas roupas e lavamos os pés para pisar! Isso é muito importante… 😁


Esse é outro momento delicioso da vindima: a pisa das uvas! Que sensação maravilhosa!!! Foi a partir desse momento que tivemos a explicação que os vinhos com a denominação do Douro são produzidos pela pisa pé, pois o pé é macio e leve o suficiente para não esmagar a semente da uva, que deixa gosto amargo no vinho. Ficamos dançando, cantando e pisando as uvas por um bom tempo e foi muito divertido e relaxante! O cheiro do mosto da uva é forte e intenso no ambiente e também é possível ver o mosto sendo separado da bagaceira nos lagares. Não pisei uvas tempo suficiente para ficar com as unhas roxas, mas foi tempo suficiente para eu ficar com a pele das pernas macia por uns 3 dias!! É uma delícia mesmo!!!







Depois disso fomos ao almoço, que mais uma vez foi regado com muito vinho da Quinta da Pacheca, uma comida deliciosa e uma paisagem de encher os olhos! Confesso que eu ainda gostei mais das sardinhas do pequeno almoço, mas esse é um gosto pessoal… No final da comilança ainda tivemos a prova de 3 vinhos do Porto produzidos pela quinta. Preciso dizer aqui o quanto os ambientes da Pacheca são encantadores! São jardins e salões muito bem elaborados e decorados. Vale muito a pena conhecer e registrar esse momento, as fotos ficam lindas!


Terminando o almoço, seguimos para conhecer outras quintas no Douro: Quinta do Vallado, Quinta do Pôpa e a Quinta das Carvalhas. Na quinta do Vallado eu aprendi um pouco mais sobre o solo de Xisto e a importância das oliveiras separando as castas das uvas. O tour guiado da Quinta das Carvalhas é incrivelmente lindo, são paisagens que você nunca imaginará ver pelo vale e no final tem provas de vinhos do Porto. Na Quinta do Pôpa eu só conheci mesmo, pois eles realmente estavam sem disponibilidade nenhuma, mas o ambiente e a decoração de lá te conquista rapidinho!


Dica #4 – mesmo que a Quinta não tenha mais disponibilidade para fazer todo o processo das vindimas, vale muito a pena marcar uma visita, pois os ambientes sempre são lindos, marcar uma degustação ou somente visitar a loja de vinhos! Sempre haverá uma bela surpresa por lá!


Espero que tenham gostado dessas dicas! E aí?! Estão preparados para ir a uma vindima?


Não deixe de conferir meu instagram: @diariodebordolm 😊






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